SCRUM

Atualmente muito se tem falado sobre Gerenciamento de Projetos, é uma profissão que está começando a ser muito solicitada pelo mercado.

Quando se fala em Gerenciamento de Projetos de software, o que utilizar?

PERT/CPM?

CCPM?

Em pequisa sobre o assunto, descobri que nos USA, na Europa e em algumas empresas do Brasil está "bombando" uma metodologia de Gerenciamento de Projetos de software chamada Scrum.

Scrum é um processo interativo e incremental para o desenvolvimento de produtos ou para a gestão de tarefas. A agilidade que suporta esta metodologia de gestão e
planejamento, traz uma nova dimensão na capacidade de resposta, adequabilidade,
eficácia e eficiência na gestão atual dos processos.

Achei uma notícia sobre o sucesso do Scrum no site Semana Informática e a transcrevo abaixo para que todos possam tomar conhecimento e dar sugestões.

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Scrum garante alta performance empresarial
De Claudia Sargento
Semana nº 892 de 18 a 24 de Julho de 2008

A metodologia permite desfrutar de elevada capacidade de resposta, adequação, eficácia e eficiência para desenvolvimento de projectos e do próprio negócioA metodologia permite desfrutar de elevada capacidade de resposta, adequação, eficácia e eficiência para desenvolvimento de projectos e do próprio negócio.

«Quando aplicado com sucesso, o Scrum traz uma nova dimensão na capacidade de resposta, adequabilidade, eficácia e eficiência da empresa». A opinião é de Mitch Lacey, gestor técnico de projectos na Ascentium Corporation, para quem «o Scrum cria equipas com alta performance que conseguem responder rapidamente às constantes alterações nas necessidades de um projecto e do negócio.»

Presente em Portugal, a convite da Fullsix e da Microsoft, para ministrar um conjunto de cursos no âmbito do Scrum, Lacey explicou que esta é apenas mais uma entre as cinco metodologias de princípios e praticas ágeis. É normalmente utilizada «para gerir o desenvolvimento de software mas pode ser utilizada para gerir qualquer processo complexo».

O foco do Scrum está no fato de se poder ter uma equipe a produzir um conjunto de funcionalidades «que estejam prontas para entrega no fim de cada sprint ou iteração». Como refere o responsável da Ascentium, a framework apresenta poucas regras e segue os princípios de «foco, respeito, compromisso, coragem e transparência».

Apresentada pela primeira vez em 1995 por Ken Schwaber e Jeff Sutherland, os seus conceitos básicos residem na habilidade para entregar software «mais rapidamente e com mais qualidade». Mitch Lacey considera esta metodologia é «muito interessante para muitas empresas e gestores, porque significa que as equipes podem focar-se em entregar primeiro as funcionalidades que trazem o maior valor para o negócio e realizar o retorno nesse investimento antes de implementar outras funcionalidades».

A metodologia é composta por um conjunto de práticas e papéis bem definidos, mas não inclui um guia para resolução de todos os problemas. De qualquer forma, deverá existir um Scrum Master, que garante a aplicação do processo e das regras, um Product Owner, que representa os interesses e a visão dos stakeholders, e uma equipe de projeto que executa e entrega o produto ou serviço baseado nessa visão. Durante cada sprint, «um período de duas ou quatro semanas», a equipe cria um incremento de funcionalidades que têm um grande potencial para serem entregues e utilizadas. No entanto, Mitch Lacey considera que, para implementar Scrum, «é preciso que a empresa, e em especial a equipe de gestão, tenha um compromisso com a mudança e aceite o custo da transição». Apesar de o Scrum poder ser aplicado a diversos tipos de projeto, «convém começar com um que tenha risco reduzido, datas de entrega flexíveis e tecnologia relativamente conhecida», lembra o gestor técnico de projectos. O Scrum faz transparecer os sucessos e insucessos no decorrer do projecto «permitindo que seja feita uma contínua inspecção, melhoria e remoção de impedimentos à concretização do projeto».

Em termos práticos, Lacey considera que «tem havido cada vez mais pessoas utilizando Scrum desde que ele foi inicialmente apresentado». Em 2003 foi criado o programa de certificação Certified Scrum Master, sendo que, desde essa data já foram certificados 30 mil Scrum Masters em todo o mundo, «tendo 4500 dessas certificações acontecido no primeiro semestre de 2007».

Entre as empresas que estão a utilizar Scrum, Mitch Lacey deixa os exemplos da Microsoft, da Fullsix, do Google, da IBM, da Siemens, da Nokia, da Philips, do Yahoo, da Accenture, da Motorola e da BRQ.

Em Portugal, os exemplos são a Novabase, a YDreams, a Outsystems ou o Grupo Portugal Telecom. Neste último caso, o Semana falou com José Alegria, director de Gestão de Risco Informático da PT - Sistemas de Informação (PT-SI) para tentar perceber o porquê da utilização da metodologia Scrum. José Alegria explica que há já vários anos que recorre aos princípios do Scrum «para gerir projetos que obriguem ao desenvolvimento rápido de produtos com elevado nível de inovação e onde seja fundamental garantir, também com rapidez, novas releases incrementais que respondam de forma ágil às oportunidades entretanto surgidas no público-alvo».

O responsável da PT-SI considera que esta «é uma das formas mais racionais de tornar tangíveis, em períodos de tempo fixos e relativamente curtos, projetos com requisitos voláteis».

No que diz respeito à experiência particular da equipe de José Alegria na PT Comunicações, «os princípios do Scrum mostraram-se essenciais ao desenvolvimento da plataforma Pulso de monitorização e análise do QoS, QoP e QoM de ecossistemas informáticos de suporte ao negócio». Este responsável acredita que «sem esses princípios teria sido impossível desenvolver tanta funcionalidade inovadora e verdadeiramente útil para o negócio em tão pouco tempo».

José Alegria diz ainda que a utilização de Scrum permite um feedback com os utilizadores «muito mais iterativo sendo, por isso, muito mais fácil corrigir trajetórias e dar maior prioridade às funcionalidades mais úteis». A ideia é simples: «Para o mesmo período fixo produzimos e pomos a funcionar a funcionalidade que faça mais sentido nesse ciclo de melhoria ou de enriquecimento funcional», explica.