Software livre ganha versão 3 da GPL

A terceira versão da Licença Pública Geral procura defender a comunidade de software livre contra ações de quebra de patentes

A Fundação de Software Livre (Free Software Foundation) de Richard Stallman lançou a Licença Pública Geral (GPL, sigla em inglês para General Public Licence) versão 3. Um dos pontos fortes, após longa discussão sobre os detalhes da licença, é a preparação para lidar com as ações de restrição de patentes contra software livre.

O impacto da GPL 3 só será conforme for adotado como licença de escolha em vários projetos de código aberto. Mas sua adoção está praticamente assegurada, já que os desenvolvedores estão fechando o cerco face às acusações da Microsoft de que o Linux e outros projetos de código aberto violam 235 de suas patentes.

A GPL 2 e suas antecedentes foram escolhidas na maioria dos projetos de código aberto. A GPL revolucionou o modo como o software é escrito e distribuído. Em vez de estabelecer taxas e limitações de licença, a GPL premiou os desenvolvedores com um amplo regulamento para usar códigos livremente e modificá-los, mas requeria que tais modificações fossem compartilhadas com a comunidade de desenvolvedores.

Um dos pioneiros na adoção da GPL 3 será o projeto Samba Server, que oferece tradução de código entre Linux e Windows. Jeremy Allison, líder do projeto, disse que a versão 3 "é uma atualização necessária para lidar com as novas ameaças ao software livre que surgiram desde a versão 2 da GPL".

Allison deixou a Novell em protesto e encontrou emprego no Google logo depois do pacto Microsoft-Novell, em novembro passado. O acordo oferece proteção aos clientes da Novell que usam SuSE Linux, mas Steve Ballmer, CEO da Microsoft, declarou em comunicados posteriores, que tais garantias não se aplicam a outros usuários de Linux.

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